domingo, 9 de agosto de 2009

MEMÓRIA E PRÁTICAS RELIGIOSAS DE SENHORAS REMANESCENTES DE MISSÃO DO SAHY, NO PIEMONTE DA CHAPADA NORTE DA DIAMANTINA, BAHIA, BRASIL


RESUMO
As praticas religiosas de mulheres remanescentes de uma missão religiosa denominada de Nossa Senhora das Neves do Sahy, situada no Município de Senhor do Bonfim, no Piemonte da Chapada Norte da Diamantina, Semi-árido baiano, é o tema explorado nesse trabalho. O nosso objetivo é dar visibilidade às práticas religiosas que fazem parte das narrativas das mulheres mais velhas dessa comunidade, assim como pensar sobre os seus silêncios, os esquecimentos e os seus lapsos de memórias. O texto está estruturado em três partes: na primeira, fazemos uma breve ambientação trazendo algumas considerações sobre a colonização nessa parte do território baiano; em seguida, falamos sobre a vivência das mulheres em Missão do Sahy, o tratamento dado pela igreja e a memória das mais velhas ao repassar os códigos da cultura antiga. Na terceira parte tentamos entender um pouco sobre memórias e esquecimentos trazendo as vozes das mulheres mais velhas da comunidade de Missão do Sahy, que mesmo tendo falecido ou estando hoje caladas em sua maioria pelo conceito de velhice construído pela racionalidade dos novos tempos – ainda detêm o poder de guardar os códigos de uma cultura vivida por elas.
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Palavras – chave: memória histórica - práticas religiosas – Esquecimento

Maria Gloria da Paz*- UFRN
Profª. Drª. Marlúcia M. Paiva**- UFRN
* Professora Auxiliar da UNEB – Campus VII (Senhor do Bonfim). Pesquisador do Grupo de Pesquisa MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO NA BAHIA da UNEB.Doutoranda - P.Q.I. UNEB/UFRN. Endereço eletrônico: gogodapaz@yahoo.com.br
** Professor Adjunto da UFRN– Pós-Doutorado. Univ. Fed. Rio de Janeiro/ Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, UFRJ/EHESS, França.. Endereço eletrônico marlup@ufrnet.br

2 comentários:

  1. Querida Glorinha,

    entendo este espaço como um presente generoso à sociedade bonfinense. Ilustra o seu compromisso com a partilha do conhecimento produzido, afinal, ele não tem sentido se não for disseminado e servir de referência para tantas outras possibilidades que se abrem para outras produções, a partir do entendimento de mundo, sociedade e de sujeitos que historicamente foram negligenciados e silenciados. Que as vozes que (re) aparecem, através da sua dedicação e paixão, possam ser ecoadas e eternizadas na memória de tod@s nós.

    Grande beijo

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  2. Obrigada Suzzana pelas considerações feitas.Este espaço estará aberto a quem desejar tornar publico trabalhos e sentimentos sobre Missão do Sahy e sua história, sua memória e seus personagens.
    Gloria

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